Os avanços na medicina ortopédica também ganharam destaque no VII Congresso Médico Unimed-Rio. O Simpósio de Ortopedia contou com a presidência e moderação dos ortopedistas Max Ramos e João Maurício Barretto, respectivamente, e proporcionou um encontro memorável de experts em joelho e quadril.
Iniciando o painel, o especialista em joelho, o ortopedista João Gabriel Villardi, debateu sobre a artrose de joelho e discutiu as opções atuais de tratamento. Durante sua apresentação, o especialista falou sobre a fisiopatologia da artrose, apresentou casos clínicos, debateu fatores que podem influenciar na lesão da cartilagem e falou ainda sobre a classificação de Ahlback. “O paciente chega até nós pela dor. E é preciso entender a origem da dor, porque esse paciente está desenvolvendo artrose, em qual estágio ele se encontra e qual sua motivação. Só assim podemos conduzi-lo ao melhor tratamento”, explicou o especialista.
O ortopedista Alfredo Villardi discutiu sobre as falhas e complicações nas cirurgias de reconstrução do ligamento cruzado anterior (LCA). Durante sua apresentação, o especialista apresentou casos clínicos e debateu sobre os tipos de dor, fatores etiológicos, relesão, rigidez primária e secundária, entre outros aspectos. “Entendemos que é fundamental reconhecer os mecanismos de falha para indicar e planejar o melhor tratamento”, ressaltou.
A artroplastia também ganhou destaque durante o simpósio de ortopedia. O especialista em quadril, o ortopedista Isaac Rotbande, debateu sobre a realização do procedimento no quadril de pacientes com osteopetrose. Durante sua apresentação, Isaac debateu sobre a osteoartrite e osteopetrose, e apresentou casos clínicos e estudos sobre o assunto. “Nesses casos destaco a importância do planejamento e a relação entre médico e paciente. Você precisa conhecer esse paciente, fazer uma boa avaliação clínica, avaliar as imagens, programar a prótese e instrumentá-la. Esta última parte é fundamental”, explicou.
Dando continuidade ao simpósio, o ortopedista Max Ramos, especialista em joelho e ombro, debateu os segredos para um bom resultado na artroplastia unicompartimental do joelho. Segundo o especialista, este tipo de procedimento – que visa substituir apenas um compartimento – é considerado menor, mais rápido, com menos chance de mortalidade e melhor tempo de recuperação. Entretanto, de acordo com a literatura, o índice de insucesso nesses casos é muito alto. “Se existem segredos a decifrar, eles estão nesses quatro pontos: indicação, avaliação, realização e escolha do seu implante”, destacou Max. Durante sua apresentação, o ortopedista apresentou casos clínicos e debateu quais seriam os principais fatores causadores de insucessos.
Para fechar o painel, o também especialista em joelho, o ortopedista João Maurício Barretto, debateu a possibilidade da prática de esportes após a realização de artroplastia total de joelho. De acordo com o especialista, a prática esportiva não é uma orientação médica, mas as atividades de fortalecimento, como musculação e pilates, são essenciais após a colocação da prótese. Entretanto, ainda segundo o especialista, não tem como proibir o paciente esportista de praticar esporte. Barretto explica que é preciso proporcionar o mínimo de conforto para que ele possa tocar sua vida praticando a atividade física que quiser. “Esses pacientes ensinam muito mais a gente do que o contrário”, destacou João. “Pacientes esportistas no pré-operatório, que possuem baixo Índice de Massa Corporal (IMC) e um bom estado clínico que proporcionam uma prática esportiva sem maiores limitações, têm grandes chances de prática esportiva no pós-operatório”, concluiu.